Havia chegado a hora de Jesus ser preso e entregue às autoridades para ser julgado e condenado. A morte seria a Sua sentença, mas Ele não temia o que Lhe fariam. Ele mesmo afirmou: Agora, a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isso vim a esta hora (Jo 12.27). A decisão foi tomada nos Céus, e Cristo a cumpriria. Mesmo que tivesse oportunidade de fugir, Ele não agiria segundo a vontade do inimigo.

Logo que chegaram ao monte das Oliveiras, o Senhor disse aos Seus discípulos que orassem, para não entrarem em tentação (Lc 22.40). Ele ficou cerca de 20 a 30 metros (um tiro de pedra) de distância deles para orar. O Mestre sabia que o momento das trevas estava chegando (Jo 14.30), por isso ordenou que orassem, mas, infelizmente, eles estavam carregados de sono e tristeza, e não entraram em oração (Lc 22.45). Na Palavra que o Senhor nos dirige, há mais do que conselho; há poder para resistir ao mal.

O Filho de Deus dobrou os joelhos e clamou ao Pai celestial a respeito do cálice que teria de beber. Ele rogou dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22.42). Ora, Jesus sabia tudo o que ocorreria com Ele a partir do momento em que O levassem às autoridades, as quais O condenariam à morte.

Profetas haviam predito a morte do Messias, como fez Isaías, cerca de 700 anos antes do que sucedeu em Jerusalém com o Salvador. O profeta previu a ida de Cristo ao Inferno, simbolizado por Bozra, capital do reino de Edom: Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar (Is 63.1). Creia na Verdade!

O pior ainda estava por vir. Quando os nossos pecados fossem colocados sobre Jesus, Deus O abandonaria momentaneamente. Isso aconteceu de fato, e Ele provou a morte espiritual, a separação do Pai: E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt 27.46).

Em grande agonia, devido à dor que as nossas transgressões causavam, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 19.30). Essa declaração significa que não temos de sofrer mais nada, porque Cristo pagou o preço da nossa redenção. Não estamos mais sob o jugo do diabo!

O Salvador desceu sozinho ao Inferno (Is 63.2-8). O apóstolo Paulo disse que Cristo triunfou na cruz e despojou os principados e potestades do reino infernal da autoridade que Satanás roubara de Adão, quando este pecou (Cl 2.15). Pela obra de Jesus, fomos libertos de todo o mal. A Boa Notícia, o Evangelho, que Cristo nos comissionou a pregar a todos é que, nEle, estamos livres!